Este Sacramento tem sua origem já anunciada no antigo testamento, quando a profecia sobre o Espírito do Senhor que acompanhará o Messias:
“O Espírito do Senhor esta sobre mim, porque o Senhor me ungiu, enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres, a curar os quebrantados de coração e a proclamar a liberdade aos cativos, a libertação aos que estão presos, a proclamar um ano de graça ao Senhor…” (Is 61, 1-3).
Esta profecia que está no livro do profeta Isaias é a mesma que Jesus proclamou na sinagoga ao manifestar-se como o Messias. Assim, após ter feito a leitura Ele disse: “Hoje se cumpriu aos vossos ouvidos essa passagem da Escritura” (cf. Lc 4, 16-21). E conforme continua a narrativa do Evangelista Lucas, todos se admiravam com suas palavras.
O Espírito Santo, aquele que desde a criação está presente na história de Deus com a humanidade, é reconhecido pelo profeta como o “Paráclito” que significa aquele que esta junto, a favor de, em favor de, aquele que defende e responde por alguém, como um advogado. Mais ainda, Ele é o porta-voz divino, o intercessor por excelência, aquele que sempre é presença divina atuante, próximo, ao lado de…
Mais do que em qualquer pessoa, o Espírito Santo é o próprio Espírito do Senhor Jesus feito humano no meio de nós. No episódio da sua primeira pregação na sinagoga, Ele, Jesus, revela estar sob a presença e ação plena do Espírito Santo e qual é a sua missão, e depois diz que esta missão será entregue a seus discípulos ungindo-os com o próprio sopro, comunicando-lhes sua própria vida no Espírito que lhes é infundido (cf. Jo 20,22-23).
Desde a concepção de Jesus, lá está o Espírito Santo que realiza em Maria uma grande obra concedendo a ela o Filho Jesus, o Cristo, Messias e Senhor. Maria ao receber Jesus também é ungida e enviada pelo Espírito a servir Isabel anunciando a ela (símbolo de toda antiga aliança) que o Messias está para chegar (cf. Lc 1-2).
Outro momento em que se manifesta o “Paráclito” é quando Jesus se submete ao batismo do grupo de João Batista (homens que buscavam viver no deserto a radicalidade da lei, na sua essência, buscando a purificação para acolher o messias, no qual acreditavam estar próximo). Ao se submeter a esse rito, aparece um sinal do céu de confirmação que Jesus era o messias, porque ele é quem cumpre toda a profecia, sintetizada nas menções acima (cf. Mt 3,13-17; Mc 1,7-11; Lc 3,21-22).